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Os tabus e verdades sobre corrimento vaginal

Os tabus e verdades sobre corrimento vaginal

Embora seja algo muito comum entre mulheres de todas as idades, o corrimento vaginal é um grande tabu.

Segundo uma pesquisa publicada no Indian Journal of Sexually Transmitted Diseases and Aids, durante um ano, 10% das mulheres enfrenta ao menos um episódio de corrimento vaginal.

Logo, se é algo que possivelmente todas nós enfrentaremos como sintoma ou decorrência de alguma outra condição, é importante que conversemos sobre, não acha?

Antes de tudo, é importante que a gente entenda a diferença entre o corrimento e o fluido natural da vagina.

A região vaginal possui uma flora, que basicamente é um microbioma formado por micro-organismos que habitam a área genital, além de outros fluidos e células provenientes das mucosas e órgãos femininos. 

Como resultado da atividade dessa flora, e da própria umidade vaginal, é absolutamente normal que a mulher verifique a presença de um fluido transparente ou levemente amarelado, de consistência viscosa que varia ao longo do mês, na região da vagina e vulva, sobretudo em sua calcinha.

Sem odor e sem outros sintomas incômodos, como coceira e ardência, essa secreção não é preocupante e, na verdade, não é considerada um corrimento.

O que irá caracterizar o corrimento são as condições anormais.

Ou seja, quando há dor, mau cheiro, irritação, cor e aspecto diferenciado, por exemplo, a substância é chamada de corrimento vaginal, e pode indicar a presença de infecções e doenças.

Vale lembrar ainda que, de acordo com o ciclo menstrual, algumas secreções acabam ocorrendo fora do "convencional" - há a presença de fluidos na cor marrom ou avermelhada, por exemplo. Estes também não são preocupantes!

Via de regra, precisamos estar atentas a estes sinais do corrimento:

- Cheiro ruim, forte, metalizado ou que, por algum motivo, chame a atenção;

- cor acinzentada, branca, amarela a marrom, esverdeada;

- textura solidificada, com aspecto de talhado, grossa;

- coceira, inchaço, vermelhidão, dor e ardência na vagina e/ou vulva.

As causas mais comuns destes desequilíbrios são a candidíase, a tricomoníase e a vaginose bacteriana, infecções que trazem bastante incômodo à mulher, mas que podem e devem ser tratadas.

Ao verificar estes sinais, o médico ginecologista deve ser procurado para o tratamento adequado de cada caso, uma vez que é possível confundir-se com o diagnóstico.

Geralmente, são utilizados medicamentos via oral e pomadas ou produtos similares para aliviar a irritação.

Devido à proximidade da vagina com o ânus, contaminações da região genital com micro-organismo nocivos à esta são bastante comuns, até mesmo entre crianças (principalmente ao limpar-se após as necessidades).

As relações sexuais, sobretudo sem o uso de preservativos, também podem ocasionar estas e outras condições que causam corrimentos, além de outras ISTs ainda mais danosas.

Ainda vale lembrar que, apesar de raro, o corrimento vaginal também pode ser um sinal do câncer de colo de útero e outras doenças consideravelmente mais graves. Por isso, os sinais que o nosso corpo dá devem ser levados muito a sério e os exames ginecológicos precisam estar sempre em dia!

Caso tenha alguma dúvida sobre esse assunto, envie-me uma mensagem e vamos conversar a respeito, ok?