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O que se sabe sobre a relação entre o câncer e as ISTs

O que se sabe sobre a relação entre o câncer e as ISTs

Já falamos muitas vezes por aqui sobre as doenças transmitidas por meio das relações sexuais. Hoje, vamos entender um pouco mais sobre a relação dessas patologias com o câncer.

Antes de tudo, vamos entender o porquê da mudança de siglas: de DST para IST.

O Ministério da Saúde fez esta pequena modificação na nomenclatura, englobando ainda as mesmas enfermidades, pois identifica as infecções sexualmente transmissíveis - não somente as doenças.

Isto é, isso quer dizer que, mesmo que não haja sintomas e consequências claras, a infecção pode ser transmitida de pessoa para pessoa. Daí o nome IST.

Nesse sentido, as ISTs mais conhecidas são a AIDS, a sífilis, a gonorreia e o HPV. Em suma, são causadas pelas relações sexuais desprotegidas, na troca/contato de fluídos da pessoa infectada - como sêmen e sangue, por exemplo.

Com complicações distintas, as ISTs podem causar inúmeras consequências, desde o desconforto de pruridos e corrimentos, passando por dores e feridas, até a esterilidade e o óbito, em casos específicos.

Mas e a relação das ISTs com o câncer, ela existe?

Sim, isso não é um mito. Algumas ISTs têm desdobramentos relacionados a determinados tipos de câncer.

A relação mais conhecida é a do câncer de colo de útero com o HPV.

Sendo a mais comum IST em todo o mundo, o papilomavírus humano, ou HPV, é a principal causa do câncer de colo de útero. São cerca de 150 tipos de HPV e, dentre eles, 40 se mostram oncogênicos. Ou seja, podem provocar lesões que se desenvolvem para quadros malignos.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 54% dos brasileiros entre 16 e 25 anos estão infectados com HPV. 

E esse contágio se dá, em suma, pelas relações sem uso de preservativos (masculino ou feminino). 

No caso do HPV, a transmissão pode ocorrer de forma bastante ampla, mesmo quando não há penetração e ejaculação, por exemplo. Por isso, somado ao uso de camisinha, é recomendada a vacinação que protege homens e mulheres de todas as idades da doença.

Clicando aqui, você confere um artigo completo a respeito da vacinação contra o HPV.

Vale lembrar ainda que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais letal desta doença entre as mulheres brasileiras. Por isso, a proteção contra o HPV, que se mostra um vírus silencioso em suas fases iniciais, via de regra, é essencial.

Além disso, o exame papanicolau é um importante aliado das mulheres. É ele quem consegue detectar as lesões causadas pelo HPV, bem como a presença do câncer na região.

Neste outro artigo há tudo o que você precisa saber sobre o papanicolau, ou exame preventivo, como também é conhecido.

Nos homens, o HPV também está associado ao desenvolvimento de cânceres específicos, como o de pênis e o de ânus. 

Por isso, a proteção contra o papiloma vírus humano deve ser adotada por todas as pessoas, independente de gênero e orientação sexual.

Outras ISTs conhecidas ainda têm seu impacto oncogênico estudado pela Medicina.

Um estudo da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) indica, por exemplo, uma relação entre o parasita Trichomonas vaginalis, responsável pela tricomoníase, com o desenvolvimento do câncer de próstata. 

Porém, ainda há muita pesquisa envolvida na busca por conclusões como essa.

O que se sabe, além da nocividade do HPV, é que o HIV (vírus causador da AIDS) fragiliza o sistema imunológico da pessoa infectada, fazendo com que doenças oportunistas se desenvolvam com maior facilidade, a exemplo do câncer.

Em todo caso, para prevenir-se contra as infecções sexualmente transmissíveis e suas complicações, o uso de preservativos deve ser uma obrigação de cada homem e mulher.

Além de proteger a si mesmo, o uso da camisinha é também um ato de respeito ao próximo, já que bloqueia a transmissão de vírus e outros patogênicos, além de evitar gestações indesejadas.

Para acompanhar adequadamente a sua saúde, incluindo a sexual e genital, visite o médico regularmente.