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Conhecendo os métodos contraceptivos não tradicionais

Conhecendo os métodos contraceptivos não tradicionais

Anteriormente, conversamos sobre os mais comuns métodos contraceptivos e as considerações mais importantes sobre estes. Citamos, no artigo mencionado, as opções hormonais e de barreira mais populares em nosso país, a exemplo das pílulas e dos preservativos. 

Hoje o nosso assunto é sobre outros métodos: os menos convencionais ou alternativos. Vamos lá?

Primeiramente, precisamos relembrar que os métodos contraceptivos podem ser basicamente divididos em 3 categorias: hormonais, naturais e de barreira.

Os métodos hormonais são as pílulas convencionais e outros recursos que, como o nome sugere, utilizam de hormônios para evitar a fecundação/ inibir a ovulação. Outros exemplos comuns são o DIU hormonal e o implante hormonal.

Já os recursos naturais, por sua vez, baseiam-se na observação/análise do organismo para controlar os períodos férteis da mulher. A famosa "tabelinha" é a saída mais comum nesse sentido, porém, não é enfaticamente recomendada devido às consideráveis possibilidades de erro.

Outras opções naturais mais técnicas, como os métodos sintotermal (análise que combina as condições de fluido cervical, temperatura basal e colo do útero) e o da ovulação de Billings (observação do muco cervical), devem ser conversadas com seu médico de confiança, já que também apresentam altos índices de ineficiência.

O "coito interrompido", quando a ejaculação é feita fora do canal vaginal, também é considerada uma tática natural, mas, sem dúvidas, representa o método mais ineficiente e não deve ser encarado como alternativa segura.

Além dos contraceptivos naturais, os métodos de barreira também contam com saídas não tradicionais para evitar a gravidez indesejada.

Nós já discutimos a eficácia e funcionamento dos preservativos, do DIU de cobre e do diafragma, que são opções bastante recorrentes. Mas, nessa categoria, ainda temos o capuz cervical, a esponja contraceptiva e o espermicida.

O capuz cervical, como os outros citados, impede a penetração dos espermatozóides no útero, uma vez que funciona como uma cúpula de silicone, arredondada, que se encaixa fixamente na base do colo do útero. Sua proposta é muito similar à do diafragma.

Embora não represente riscos diretos à saúde mulher, já que é atóxico e sem hormônios, o capuz cervical é contraindicado para pacientes com lesões uterinas, especialmente as malignas. Por isso, seu uso deve ser feito após exame papanicolau para atestar a saúde uterina e do colo.

No caso do diafragma, no entanto, estuda-se a sua contribuição no combate aos cânceres da região uterina, uma vez que também funciona como barreira ao contágio de HPV (papiloma vírus humano). Porém, as camisinhas feminina e masculina seguem sendo mais eficazes nesse aspecto.

A esponja contraceptiva, por sua vez, soma a eficácia da barreira à ação espermicida, uma vez que contém uma substância - geralmente o composto chamado Nonoxynol-9 - que dizima os espermatozoides. Embora pareça bastante "poderosa", a medida registra de 76 a 88% de eficácia com uso correto.

Os espermicidas também podem ser usados nos outros dispositivos citados, como o diafragma e o capuz, bem como nos preservativos e até mesmo diretamente no canal vaginal. Mas vale lembrar que é mecanicamente impossível abranger toda a região, principalmente o colo do útero e o útero em si, com o produto, o que faz a sua eficácia girar em torno dos 70%.

Todas as opções de barreira são utilizadas durante os atos sexuais, isto é, não são de uso contínuo ou prolongado. 

Por isso, caso opte por uma dessas saídas, principalmente as que necessitam de introdução vaginal, lembre-se de preparar-se adequadamente, seguindo as instruções do produto e do seu médico, antes de cada relação.

Até aqui estamos falando da função contraceptiva desses métodos. 

Para evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis, com grande ênfase ao HPV, que expõe a mulher ao câncer, é indispensável o uso de preservativos.

Combinar mais de uma técnica, sobretudo quando falamos de métodos não-tradicionais, e principalmente os naturais, é uma alternativa bastante recorrente. No entanto, vale ressaltar que mesmo a combinação dessas técnicas possui um alto índice de falha.

Para entender as melhores possibilidades para você, seu parceiro e seu organismo, converse com seu médico! Não se esqueça de discutir seu histórico, ok?


Imagem: hypescience.com