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Cólicas: muito além da menstruação

Cólicas: muito além da menstruação

Desde a menarca, um sintoma clássico dos ciclos femininos costuma entrar na vida da mulher: a cólica menstrual. Chamada clinicamente de dismenorreia, a dor acomete cerca de 65% das brasileiras, de acordo com o estudo “Dismenorreia e Absenteísmo no Brasil”, realizado pela MedInsight.

Como a maioria de nós sabemos, a tão famosa cólica é caracterizada por uma dor de intensidade baixa a moderada na região pélvica/do baixo ventre. Ela costuma surgir nos primeiros momentos ou dias da menstruação e é ocasionada pela liberação de prostaglandina - substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio e ocorrer, então, a menstruação.

Nesses casos, chamamos a cólica menstrual de dismenorreia primária. Embora haja o incômodo da dor, a condição é passageira (dentro do ciclo) e não indica complicações uterinas, menstruais ou ginecológicas. Pode ser combatida com uso de remédios, de acordo com orientação médica.

Porém, devemos prestar muita atenção aos sinais da dismenorreia secundária. Basicamente, ela se difere da primária nos seguintes pontos:

  • é mais intensa, podendo ser severa e provocar outros sintomas, como vômitos, dores de cabeça e desmaios;
  • pode acompanhar outros problemas de saúde, como dores durante as relações sexuais, sangramentos (fora da menstruação) e inchaços abdominais;
  • é prolongada, isto é, pode durar todos os dias da menstruação ou até mais;
  • pode ocorrer fora da menstruação, mesmo que a dor seja muito similar à cólica “convencional”;
  • ocorre geralmente com o passar dos anos depois da menarca, intensificando-se com a idade.

Este tipo de cólica pode ser confundido como decorrente da menstruação, porém, suas causas são outras e difusas, isto é, não possuem um motivo só para todos os casos. De uma forma geral, as principais condições orgânicas que causam dismenorreias secundárias são:


CUIDADOS

Para lidar com as dores das cólicas menstruais primárias, é recomendado evitar o consumo de cafeína durante o período pré-menstrual, já que essa substância contrai os vasos do endométrio. Nesse sentido, uma dieta rica em fibras e vitaminas, especialmente a E e as do complexo B, e a prática de atividades físicas regulares também ajudam num ciclo menstrual mais confortável para a mulher.

Porém, se você passa por dores muito intensas e/ou sofre de outros sintomas durante a menstruação, como as citados acima, é essencial que o médico ginecologista analise o seu caso - não somente para o controle da dor, mas principalmente para descobrir as causas da cólica.

Nas suas consultas regulares, não se esqueça de informar o seu médico sobre quaisquer alterações e incômodos em sua menstruação.Precaução é prevenção!



* Com informações do Projeto Diretrizes do Conselho Federal de Medicina e Ministério da Saúde.