Ocorrência ginecológica mais "popular" e recorrente, o mioma é um tipo de tumor sólido benigno que ocorre na região uterina. Isto é, não configura como lesão maligna, mas requer atenção da mulher.
Conhecido também como fibroma ou leiomioma, o mioma não tem causas fixas e/ou claras, porém sabe-se que pode estar associado à produção de estrógeno, que a incidência diminui depois da menopausa e que é mais comum entre mulheres negras.
Embora muitos desses tumores benignos não apresentem sintomas e sejam de dimensões variadas, é comum que o mioma cause volumes na região abdominal. Alguns outros sintomas observados, em diversos casos, são: grande fluxo menstrual,dores e desconfortos locais, anemia, infertilidade e até abortamentos.
Diante desses sinais, é recomendado que a mulher procure o médico prontamente. Nem sempre os sintomas descritos indicam presença de miomas, mas é preciso analisar detalhadamente.
Nos exames ginecológicos regulares, e também em ultrassons e ressonâncias magnéticas da região, é possível perceber a presença de corpos benignos.
Depois de descoberto, o tratamento para o mioma dependerá de diversos fatores, sendo os principais a quantidade e localização do(s) tumor(es) (dentro, fora ou na parede do útero), os sintomas apresentados, o tamanho do mioma e o desejo reprodutivo da mulher. Isto porque a retirada do órgão é um dos métodos mais utilizados em mulheres com prole constituída, porém, há também a opção da retirada apenas do mioma, por histeroscopia (procedimento via vaginal “por dentro do útero”) ou laparoscopia (cirurgia por vídeo) - a depender da localização da lesão - além do uso de medicamentos e a chamada embolização.
A embolização é, resumidamente, o bloqueio de fornecimento de sangue que alimenta o mioma, fazendo com o tumor "morra".
Porém, para determinar a melhor alternativa, é preciso que o médico ginecologista observe todas as variáveis da paciente.
Embora não indique a presença ou desenvolvimento de câncer - não há relação direta com a doença - o mioma pode ser um problema para mulher a depender do quanto compromete seu útero, principalmente para as que desejam engravidar e/ou dependendo dos sintomas pelos quais ela passa.
O desconforto, as dores, inchaços e sangramentos não indicam lesões malignas, mas afetam a qualidade de vida da paciente e devem ser acompanhados. Fique atenta à sua saúde!
* Com informação do Instituto Oncoguia e Dr. Drauzio Varella.