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Amamentar: um ato de amor e de prevenção ao câncer

Amamentar: um ato de amor e de prevenção ao câncer

A amamentação é um dos gestos que mais aproximam mãe e bebê, sobretudo nos primeiros dias de vida do recém-nascido. Amamentar fortalece os vínculos maternos e, muito além de simplesmente alimentar, possibilita as primeiras trocas de carinho e de atenção entre as partes.

Para o bebê, os benefícios da amamentação são muito importantes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos essenciais à criança até o seu 6º mês de vida, não sendo necessária a administração de outros líquidos e alimentos - exceto em casos onde há recomendação médica.

Sabe-se também, ainda de acordo com a OMS, que os bebês que passaram pelo aleitamento materno têm menos chances de se tornarem obesos no futuro, bem como têm menos riscos de desenvolver diabetes tipo II

A amamentação ainda previne alergias, anemia e diversos tipos de infecções, com ênfase nas respiratórias. Estes benefícios podem ser vistos tanto entre os recém-nascidos, quanto ao longo do desenvolvimento da criança.

Além disso, amamentar também ajuda - e muito! - a saúde das mamães.

Mulheres que amamentaram ou amamentam, como informa a OMS, têm menos chances de sofrer com depressão pós-parto e de desenvolver diabetes tipo II depois da gestação. Alguns estudos associam até mesmo o ato de amamentar com a prevenção de doenças cardiovasculares futuras.

Sabe-se também que a amamentação previne alguns tipos de câncer entre as mulheres.

Nesse sentido, o benefício mais conhecido é em relação ao câncer de mama. Segundo o Ministério da Saúde, os riscos de desenvolver esse tipo da doença diminuem 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação. Vale lembrar que a OMS recomenda o aleitamento materno até os 2 anos de idade da criança - ou mais, se possível.

 

Ao longo dos anos, inúmeros estudos têm nos mostrado como a amamentação pode proteger as mamas de lesões malignas. Em resumo, isto ocorre pois, durante a lactação e a amamentação, as mulheres passam por alterações hormonais que atrasam os ciclos menstruais, reduzindo a exposição a hormônios que pode promover o crescimento de tumores.

Felizmente, a Medicina também nos mostra como a amamentação é benéfica no combate ao câncer de ovário.

Uma pesquisa australiana publicada no American Journal of Clinical Nutrition, por exemplo, pontua que mulheres que amamentam por ao menos 13 meses têm 63% menos chances de desenvolver câncer ovariano em relação às que o fizeram por durante 7 meses ou menos.

Nesse caso, entende-se que a amamentação retarda a ovulação e, consequentemente, reduz a exposição a altos níveis de estrogênio e outros hormônios que podem ocasionar o surgimento do câncer de ovário.

Atualmente, estuda-se também como amamentar pode ajudar na prevenção contra o câncer uterino.

Cientistas do Instituto de Pesquisa Médica QIMR Berghofer, da Austrália, afirmam que mulheres que amamentaram por 6 a 9 meses reduzem 11% os riscos de desenvolver câncer de útero. O estudo da entidade analisou mais de 25 mil mulheres.

Portanto, podemos afirmar que amamentar é um importante aliado no combate ao câncer!

Por isso, caso seja gestante, converse com seu médico a respeito deste assunto. 

Esclarecer suas dúvidas previamente, e entender como lidar com a alimentação do bebê, sobretudo nos primeiros meses, é essencial para para que essa fase seja tranquila e saudável.

No entanto, se você teve ou tem algum problema e não consegue ou conseguiu amamentar, fique tranquila! 

Isso não significa que a sua saúde e a do bebê estão prejudicadas. Existem formas seguras de fortalecê-los e nutri-los adequadamente! Não se esqueça: converse sempre com o seu médico, ok?

* Com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Instituto Oncoguia, Ministério da Saúde e Instituto Vencer o Câncer.