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O que você precisa saber sobre a vacina contra o HPV

O que você precisa saber sobre a vacina contra o HPV

Anteriormente conversamos sobre a importância do exame papanicolau para a detecção de possíveis lesões ocasionadas pelo HPV. Estas, por sua vez, podem evoluir para o câncer de colo de útero, por isso a realização periódica do exame ginecológico.

Além da rotina de prevenção por meio da citologia cervicovaginal, atualmente também contamos com a possibilidade de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV).

No Brasil, existem duas vacinas contra o HPV registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): a quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (Gardasil), que protege contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18. 

Existem cerca de 150 tipos de HPV e, destes, aproximadamente 40 são capazes de infectar o trato anogenital. Os HPVs de tipo 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo (cerca de 70%). Eles também estão entre as causas de até 60% dos casos de câncer de vagina e até 50% dos de câncer vulvar. Já os subtipos 6 e 11 estão relacionados a condilomas vulvares e não são considerados oncogênicos.

Atuando no combate ao HPV, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece desde o ano de 2014 a vacinação para faixas etárias definidas entre o público adolescente. Atualmente, meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos podem vacinar-se gratuitamente nos postos de saúde de todo o país. Pessoas com diagnóstico de HIV e transplantadas na faixa etária entre os 9 e 26 anos também estão inclusas diante de prescrição médica.

A vacina profilática ofertada pelo SUS é a quadrivalente, isto é, contra os HPVs 6, 11, 16 e 18. Ela deve ser tomada em duas doses - a segunda seis meses após a primeira. Neste hotsite do Ministério da Saúde é possível obter mais informações.

Nos laboratórios e clínicas particulares é possível obter a imunização fora das faixas atendidas pelo SUS, bem como optar entre a bi ou a quadrivalente. Para fazer a escolha adequada, é importante passar por exames médicos prévios: o exame ginecológico com inspeção e papanicolau para as mulheres e a análise urológica para os homens. A vacina quadrivalente pode ser administrada em mulheres até os 45 anos e em homens até os 26. Ela não trata tipos de vírus já adquiridos, mas protege contra os não adquiridos e pesquisas mostram melhora da imunidade e diminuição das taxas de recidiva de lesões.

Além da vacinação e dos exames periódicos, é importante lembrar que o uso de preservativos nas relações sexuais potencializa a proteção contra o HPV, cuja transmissão se dá principalmente por contato sexual genital-genital, oral-genital ou mesmo manual-genital. A vacina é fundamental neste auxílio à prevenção, mas ela não substitui ou exclui a necessidade de exames médicos.

* Com informações do Ministério da Saúde, INCA e Fiocruz.