Quando falamos de saúde da mulher, vem logo à mente a saúde ginecológica, né? Porém, esse assunto é mais longo - e importante! - do que parece.
Precisamos lembrar que toda a saúde da mulher deve ser assistida, e que algumas áreas requerem ainda mais atenção.
Hoje falaremos de uma delas: a saúde cardíaca.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares em mulheres já são mais numerosas que os casos de câncer de mama e de útero, patologias femininas as quais estamos mais habituadas a discutir.
Ainda segundo a OMS, as cardiopatias ocasionam mais de 23 mil mortes de mulheres por dia em todo o mundo.
No Brasil, chegam a representar 30% das causas de morte entre as mulheres, segunda maior taxa de toda a América Latina.
Infelizmente, os dados recentes nos mostram que os índices de casos das doenças cardíacas, bem como os de letalidade, seguem aumentando entre o público feminino. Mas por que isso acontece?
Assim como sempre conversamos por aqui, a saúde cardíaca é impactada por diversos fatores, em sua maioria relacionados a hábitos de saúde: tabagismo, alcoolismo e uma má alimentação, rica em gorduras e industrializados, por exemplo.
Além disso, quero destacar uma fator muito prejudicial à saúde como um todo: o sedentarismo.
Um recente estudo publicado no periódico científico Circulation: Heart Failure afirma que passar muito tempo deitada ou sentada aumenta os riscos de insuficiência cardíaca entre mulheres idosas - e esse é só um exemplo.
Há décadas a medicina estuda como o sedentarismo afeta o funcionamento de todos os sistemas do organismo, com grande destaque aqui para o cardíaco, circulatório e endócrino.
Para as mulheres, a prática de atividades físicas regulares é um hábito que atua no bom funcionamento do organismo em curto, médio e longo prazo, principalmente devido aos nossos hormônios.
Sabe-se que as mudanças hormonais que ocorrem no corpo da mulher com a menopausa aumentam em até 30% as chances de desenvolver cardiopatias.
O sedentarismo é, então, um catalisador desse processo: deixa o nosso coração “despreparado” para o impacto causado pela baixa hormonal.
Por isso, mesmo que estando com a saúde cardíaca em dia, é preciso que as mulheres levem uma vida saudável para um futuro mais tranquilo.
Vale lembrar que outros fatores atingem a saúde do coração, como estresse, condições hereditárias e até mesmo alguns tratamentos de saúde. Daí a importância dos hábitos de saúde: fortalecer o organismo!
É essencial que as mulheres tenham acompanhamento de um cardiologista ao longo da vida, sobretudo a partir dos 40 anos.