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Saiba mais sobre os tratamentos e as cirurgias mais comuns dos cânceres ginecológicos

Saiba mais sobre os tratamentos e as cirurgias mais comuns dos cânceres ginecológicos

Você, que acompanha o meu blog, sabe que a minha especialidade médica é a cirurgia oncológica, sobretudo as do trato ginecológico. Hoje, neste artigo, vamos conversar um pouquinho mais sobre esse assunto!

Antes de qualquer coisa, vamos definir as três formas mais comuns de tratamento do câncer: quimioterapia, radioterapia e intervenções cirúrgicas.

Além de buscar a cura da doença, os tratamentos contra o câncer visam impedir a disseminação das lesões, destruir as células que já se disseminaram, retardar o desenvolvimento do câncer, aliviar os sintomas e consequências, reduzir tumores e lesões e diminuir riscos.

Cada caso, a depender do estágio da doença, sua localização e demais condições, determinará as necessidades do paciente e, consequentemente, as técnicas utilizadas.

Na quimioterapia são administrados medicamentos por via venosa ou oral. De uma forma geral, o tratamento é feito pela combinação de algumas drogas que agem de forma sistêmica, isto é, em todas as partes do corpo que tenham sido atingidas pela doença.

A radioterapia, por sua vez, é comumente indicada para tratar tumores localizados. A técnica tem como objetivo destruir ou danificar células cancerosas por meio de radiação ionizante, a fim de evitar o desenvolvimento e disseminação da doença. No entanto, ela pode ser também utilizada em tumores avançados para controle de sintomas.Segundo o Instituto Oncoguia, cerca de 50% dos pacientes de câncer acabam passando por sessões radioterápicas.

É bastante comum que as terapias sejam combinadas para garantir melhores resultados.rn

A cirurgia também é um recurso bastante utilizado em diversos tipos de câncer. É, inclusive, muito frequente que a quimio e radioterapia ajam previamente na mitigação das lesões e tumores para a melhor execução da cirurgia, o que é chamado de tratamento neoadjuvante.

Geralmente, as intervenções cirúrgicas nos quadros de câncer são recomendadas para os casos em que a doença concentra-se numa área localizada. Nesse sentido, a cirurgia é efetuada para retirar o tumor e possíveis tecidos ao redor.

A experiência médica nos mostra que é pouco provável determinar a extensão exata da cirurgia oncológica antes de efetuá-la. rn

Ou seja, é durante o procedimento que o cirurgião consegue determinar com exatidão o seu impacto. Os exames de imagem estão cada vez mais modernos e com eles é possível ter um bom embasamento e previsão, mas somente no ato operatório é que temos certeza do que pode e precisa ser realizado. Isto quer dizer que, infelizmente, existe a chance de descobrirmos que um tumor não é passível de ser retirado durante a cirurgia.

Muitas vezes, a cirurgia é realizada não somente para combater o avanço do câncer, mas também para tratar problemas decorrentes deste - como a obstrução de um órgão devido a presença de um tumor, por exemplo.

Mesmo após a cirurgia, é possível que as outras terapias sejam novamente aplicadas ou continuadas.

O tratamento do câncer é uma verdadeira "força-tarefa", já que conta com diversos tipos de tratamento que se complementam, conforme pontuamos acima. Normalmente, o que determina se o tratamento de um câncer irá necessitar de quimio ou radioterapia após a cirurgia é a extensão do tumor e a presença de gânglios comprometidos por câncer. Falarei mais aprofundado sobre isso em um artigo em breve.

No caso dos cânceres ginecológicos, como o câncer de colo de útero, câncer de ovário e câncer de corpo de útero, algumas cirurgias são mais frequentes. Abaixo, listo algumas que lido em meu dia a dia profissional:

  • Histerectomia parcial: retirada apenas do corpo do útero com manutenção do colo do útero, para lesões benignas, hoje praticamente não é realizada mais.
  • Histerectomia total: remoção total do corpo e do colo do útero, geralmente realizada nos casos de cânceres uterinos.
  • Histerectomia radical: cirurgia realizada para o tratamento do câncer do colo de útero. Neste procedimento são retirados o útero (corpo e colo), os ligamentos que o fixam na pelve e parte do fundo da vagina.
  • Traquelectomia: nessa intervenção, somente colo do útero é retirada. Utilizada para lesões pré-malignas e tumores iniciais de colo de útero.
  • Ooforectomia: remoção cirúrgica dos ovários.
  • Salpingectomia: retirada das trompas.
  • Anexectomia: combinação da ooforectomia e da salpingectomia, ou seja, remoção simultânea de ovários e trompas.
  • Linfadenectomia: é a retirada dos ganglios linfáticos que drenam a região do tumor. É um grande diferencial nos tratamentos de alguns tipos de câncer.

Assim como já mencionamos sobre as demais terapias, é também usual que mais de uma cirurgia seja combinada para tratar as lesões malignas, sobretudo quando ela ocorre em mais de uma parte do organismo.

Para conhecer melhor os tipos de cânceres ginecológicos mais comuns, bem como outros detalhes sobre o tratamento da doença, acesse o meu blog e confira nossas conversas anteriores!