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Saiba mais sobre os cistos e se há relação com o câncer de ovário

Saiba mais sobre os cistos e se há relação com o câncer de ovário

Os "famosos" cistos são geralmente lesões benignas que podem surgir nos ovários. Eles são basicamente bolsas de líquido que surgem nestes órgãos ou ao redor deles. 

A grande maioria dos cistos de ovário é assintomática, mas pode apresentar sintomas como dor pélvica, dores nas relações sexuais e distensão abdominal - a depender do tamanho de cada cisto.

A síndrome dos ovários policísticos, por sua vez, que consiste num conjunto de alterações hormonais e não somente na presença de cistos nos ovários, também pode provocar disfunções no ciclo menstrual e a infertilidade da mulher.

Mas será que a presença dessas lesões indica também uma possível evolução para o câncer?

Felizmente, não. Os cistos simples de ovário, em sua maioria, são benignos e não têm potencial para malignidade. Os tipos mais comuns em mulheres em idade reprodutiva são os cistos funcionais (foliculares e de corpo lúteo), que têm relação com a ovulação e costumam ser absorvidos espontaneamente, e os endometriomas, que são cistos decorrentes da endometriose.

O risco para câncer existe quando são lesões grandes (maiores que 10 cm) e não possuem somente líquido em seu interior, têm também áreas sólidas. A avaliação clínica com o especialista, aliada a exames apropriados, é o que determina melhor o risco e o tratamento recomendado para estes casos.

O câncer de ovário pode ser considerado de difícil detecção, uma vez que seus sintomas, que são inespecíficos - como dores, inchaços e constipação - demoram a ser manifestados e podem ser confundidos com outras condições que acometem a região abdominal. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de ovário é detectado em estágio avançado em cerca de 75% dos casos. Também por este motivo, esse é o tipo de câncer mais letal do trato ginecológico.

A hereditariedade, ou histórico familiar, está ligada a pelo menos 10% dos casos desse câncer. História familiar de câncer colorretal, mama e ovários, e mutações genéticas nos genes BRCA1 e 2 estão também ligadas ao risco aumentado de câncer de ovário.

Outra causa comum associada ao câncer de ovário está relacionada a fatores reprodutivos e hormonais femininos. Dessa forma, mulheres que não tiveram filhos, que tiveram primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) e menopausa tardia (após os 52 anos) e que passaram por um câncer de mama têm mais chances de desenvolver lesões malignas nos ovários. O uso do anticoncepcional durante a idade reprodutiva, por outro lado, é relacionado com a diminuição do risco de câncer de ovário.

É importante salientar que a obesidade, bem como a alimentação rica em alimentos gordurosos, também podem aumentar os riscos do câncer de ovário. 

Com origens difusas e sinais não muito claros, a forma mais eficaz para prevenir-se contra o câncer de ovário é a consulta periódica com o ginecologista. Exames de imagem, a depender dos sintomas e da avaliação médica, podem sinalizar a presença de tumores, sejam estes malignos ou não.

Para mulheres que têm algumas das condições de maior propensão citadas anteriormente, este cuidado deve ser ainda maior. Nesse sentido, não perca as datas de exames e consultas indicadas pelo seu médico.

Quão mais precocemente o câncer de ovário for encontrado, maiores são as chances da efetividade do tratamento que consiste, na maioria das vezes, em intervenções cirúrgicas seguidas de quimioterapia. Porém, cada caso exige uma análise específica que melhor atende ao quadro.

Caso ainda tenha dúvidas sobre esse assunto, por favor, deixe um comentário abaixo ou em alguma de minhas redes!

* Com informações do SciELO, Oncoguia e Inca.