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Saiba mais sobre os absorventes menstruais e outras alternativas

Saiba mais sobre os absorventes menstruais e outras alternativas

Fica até difícil para nós, mulheres dos anos 2020, acreditarmos que num passado não tão distante, como na época de nossas avós, não havia absorventes práticos como os de hoje em dia.

Naquele tempo, as famosas "toalhinhas" eram utilizadas como reforço no forro da calcinha para conter a menstruação.

Se usadas com a devida higiene e troca regular, as toalhinhas podem, sim, ser uma excelente alternativa, como veremos adiante. Porém, para mulheres com fluxo intenso e com rotinas atribuladas, elas podem não ser tão eficazes assim.

Foi para trazer mais conforto às mulheres que surgiram os tão famosos absorventes descartáveis que conhecemos.

Com formato anatômico e uma boa absorção, os absorventes têm como principal foco reter a menstruação, combatendo a sensação de umidade, e conter possíveis odores ao longo do uso.

Apesar da excelente proposta, no entanto, os absorventes têm sido muito questionados nos últimos anos. E o principal motivo é, sem dúvidas, o acúmulo de lixo.

Além dos tradicionais absorventes que se aderem à calcinha, estamos falando também dos absorventes internos, que são introduzidos no canal vaginal. Feitos basicamente de algodão e partes de plástico, eles não se decompõem facilmente e têm sua produção associada à poluição ambiental.

Estes absorventes internos e externos também podem causar alergias e irritações, sobretudo devido à adição de perfumes, corantes e outros aditivos. Vale lembrar que, em longo prazo, é desconhecido o efeito destes componentes à saúde.

Recentemente, outro risco associado especificamente aos absorventes internos se popularizou entre as mulheres: a Síndrome do Choque Tóxico.

Antes de tudo, precisamos lembrar que este é um fenômeno raro  e que pode - e deve! - ser combatido com cuidados muito simples no uso dos absorventes, ok?

Pois bem, a Síndrome do Choque Tóxico é o conjunto de sintomas causado pelas toxinas de bactérias gram-positivas que podem se proliferar junto ao acúmulo de sangue menstrual coletado por muitas horas. A composição dos absorventes internos também pode corroborar com este acontecimento.

Os sintomas da Síndrome do Choque Tóxico incluem febre alta, dores musculares generalizadas, náuseas, vômitos, queda na pressão arterial, vermelhidão e erupções cutâneas. Caso a mulher apresente estes sinais, deve procurar o médico urgentemente.

Como disse anteriormente, no entanto, a precaução contra o choque tóxico é simples. O uso de um absorvente interno jamais deve ser superior a 8h, sendo o mais adequado a troca a cada 2h ou 4h, a depender do fluxo.

O absorvente externo também deve ser trocado frequentemente, uma vez que pode propiciar a proliferação de outros microrganismos danosos.

Mesmo que haja formas seguras de uso dos absorventes descartáveis, muitas mulheres têm repensado estas práticas e aderido a novas formas de lidar com a menstruação. Logo no início do artigo, comentei sobre as "toalhinhas", e hoje temos uma alternativa bastante similar: os absorventes de tecido.

Muito parecidos com os externos, eles são feitos de um pano adequado à região genital, que permite a "respiração" do local, e que pode ser lavado sem que se estrague. Nesse caso, não há a presença de aditivos químicos, tampouco o descarte desenfreado dos absorventes.

A atenção para esta opção de tecido vai justamente para a lavagem, pois deve ser sempre higienizada com cuidado, a fim de eliminar bactérias e outros corpos estranhos, além de precisar ser totalmente seca antes do novo uso.

Nunca se esqueça que tecidos úmidos são bastante prejudiciais à saúde íntima!

Ainda mais "tecnológico" que os absorventes de tecido, as calcinhas absorventes entraram há pouco tempo no mercado e já contam com diversas adeptas.

Elas são feitas com material altamente absorvente e conseguem reter o fluxo sem que haja necessidade do uso de outro tecido. Assim, são muito mais confortáveis e discretas.

Da mesma forma que as alternativas de pano, as calcinhas absorventes devem ser higienizadas com muita atenção.

Por fim, mas não menos importante, temos ainda os coletores menstruais, chamados também de copinhos. Você provavelmente já ouviu falar deles!

Posicionados dentro do canal vaginal, estes copinhos são feitos de material maleável e atóxico, e retêm o fluxo antes mesmo deste chegar à calcinha. Por isso, a sensação de "estar seca" é ainda maior.

No caso do coletor, a limpeza é também essencial para a sua utilização segura, bem como o armazenamento do objeto - fique de olho nas instruções da marca do seu copinho para o melhor manuseio.

Assim como o absorvente interno descartável, o coletor menstrual também deve ser trocado regularmente - ou melhor, o sangue descartado - a fim de evitar irritações.

Você pode perceber que, independente da sua escolha, o mais importante no uso de absorventes é a higiene e o cuidado com a sua saúde genital.

As novas alternativas do mercado são excelentes oportunidades para conhecermos nosso corpo e outras possibilidades durante o ciclo menstrual

Mas, caso você prefira os absorventes descartáveis, não há problema! Use-os corretamente e, para ajudar o meio ambiente, descarte-os sempre junto aos rejeitos (lixo do banheiro), jamais dentro de vasos sanitários. 

Caso você tenha alguma dúvida sobre este assunto, deixe seu comentário abaixo, ou em alguma de minhas redes sociais, e conversamos sobre isso. Até logo!