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Endometriose: a doença que atinge 6 milhões de brasileiras

Endometriose: a doença que atinge 6 milhões de brasileiras

O endométrio é o revestimento interno do útero que, de acordo com os estímulos hormonais femininos, periodicamente se espessa e se reduz.

Esse processo é o que chamamos de ciclo menstrual: no início, devido a descamação do endométrio, ocorre a menstruação. Ao fim do sangramento menstrual, a camada volta a se formar e, ao atingir novamente o pico máximo de espessura, descama-se em uma nova menstruação.

O único lugar onde deve haver células endometriais é no próprio endométrio. A endometriose ocorre, então, quando essas células não são expelidas na menstruação, movimentam-se no sentido oposto e direcionam-se às trompas, aos ovários ou à cavidade abdominal. Mesmo estando fora do seu local habitual, essas células continuam respondendo aos hormônios femininos.

Essa anormalidade pode acometer órgãos de toda a região próxima ao sistema reprodutivo e da pelve, como apêndice, bexiga e intestino grosso. Nos ovários, pode ainda provocar o surgimento de cistos chamados endometriomas - veja mais informações sobre cistos nos ovários clicando aqui.

As causas da endometriose ainda não são conclusivas, mas estudos mostram relação com fatores genéticos, primeira menstruação precoce (antes dos 11 anos) e ciclos curtos entre as menstruações.

Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, a doença afeta cerca de 6 milhões de mulheres no país e entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva ainda podem desenvolvê-la. A endometriose é responsável por 50% dos casos de infertilidade feminina.

Embora esteja associada a formação de cistos, não há evidências de que a endometriose origine lesões malignas. Porém, devido a gravidade de muitos casos, a inflamação deve ser acompanhada com muita seriedade.

Normalmente, a endometriose causa cólicas menstruais de alta intensidade, dores nas relações sexuais, dores e sangramentos intestinais e urinários durante o ciclo menstrual e dificuldade em engravidar. No entanto, é frequente que a mulher não apresente todos estes sintomas, podendo até mesmo ser assintomático.

O diagnóstico padrão ouro é feito por meio de uma laparoscopia (cirurgia por vídeo), mas exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, realizados por profissionais com experiência, podem dar indícios.

Atualmente, o tratamento mais eficiente para endometriose requer intervenção cirúrgica, a depender de cada situação, sempre com intenção de retirar todos os focos de endometriose e preservar a  fertilidade quando a finalidade é essa. Porém, pode ser necessário histerectomia e/ou ooforectomia, caso o intuito seja o controle da dor e outros sintomas.

É ainda possível que a paciente passe por outros tipos de tratamento, como o uso de medicação e contraceptivos, que melhoram sintomas, mas não têm intenção curativa.

Para garantir as melhores chances de cura, é importante estar sempre em dia com os exames e consultas ginecológicas. Na presença de quaisquer sinais e alterações sexuais, reprodutivas, hormonais e menstruais, comunique o seu médico de confiança o quanto antes!

* Com informações do Ministério da Saúde, SciELO e Associação Brasileira de Endometriose.