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Entenda como as atividades físicas são essenciais no combate ao câncer

Entenda como as atividades físicas são essenciais no combate ao câncer

Devido aos benefícios para a saúde - da cardíaca à mental - as atividades físicas são recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) por, no mínimo, 150 minutos semanais. 

Nos últimos anos, pesquisas e análises nos indicam que os exercícios também podem trazer vantagens diretas no combate ao câncer: na prevenção, tratamento e recuperação. 

Para entender como isso funciona, primeiramente precisamos entender a importância das atividades físicas.

Ainda segundo a OMS, 150 minutos por semana de exercícios físicos de intensidade moderada, ou 75 minutos na intensidade vigorosa, ajudam a equilibrar os níveis normais de hormônios, reduzir o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalecer as defesas naturais do organismo e ainda são essenciais na manutenção do peso corporal. 

Nesse sentido, sabe-se que a obesidade e o sedentarismo aumentam a incidência de diversos tipos de câncer. Combinados, estes fatores são responsáveis por 20% dos casos de câncer de mama e 50% dos de endométrio, por exemplo. 

Podemos afirmar, então, que uma vida ativa é essencial na prevenção destas lesões. Prova disso é uma pesquisa feita por entidades brasileiras e estadunidenses, em parceria com o Ministério da Saúde, que revelou que as atividades físicas regulares poderiam evitar 12% das mortes causadas pelo câncer de mama no país. 

Já a pesquisa feita pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), junto das universidades de Harvard, Cambridge e Queensland, pontua que aproximadamente 10 mil novos casos de câncer poderiam ser evitados no Brasil devido à prática de exercícios físicos.

Mas e durante o tratamento, é possível se exercitar? 

É muito comum que surja essa dúvida diante do tratamento de lesões malignas, principalmente entre pacientes que já têm vidas ativas. Felizmente, a resposta é sim!

Além dos benefícios já citados anteriormente, a prática de exercícios libera neurotransmissores que proporcionam prazer e bem-estar. No processo de combate ao câncer, o estímulo dessas sensações é crucial para enfrentar possíveis adversidades, fazendo com que o tratamento seja mais leve e confortável.

A atividade física ainda melhora a qualidade do sono - ponto muito importante para tratar qualquer doença, incluindo o câncer - alivia dores, com destaque para as ocasionadas pela quimioterapia, e também controla um possível ganho de peso dessa fase (alguns recursos para combater tumores têm este revés). 

É importante lembrarmos ainda que os benefícios das atividades físicas continuam sendo essenciais mesmo com o fim do tratamento.

Segundo uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA), caminhadas diárias de até 30 minutos de duração, numa velocidade de 5 a 6 km/h, ou exercícios equivalentes, reduzem em média 60% dos riscos de recidiva do câncer. Isto é, combatem o retorno da doença.

Manter-se ativo mesmo depois de vencer o câncer também ajuda a fortalecer órgãos, sistemas e funções que podem ter sido debilitados durante ou devido ao tratamento - além de todos os pontos ligados à prevenção, conforme conversamos no início.

Para saber como se exercitar, converse com seu médico!

Apesar de incomum, é possível que o paciente não possa praticar determinadas atividades e/ou precise controlar a intensidade. Isso irá depender de cada caso, ou poderá ser passageiro, devido a alguma técnica ou intervenção pontual.

Por isso, converse com seu médico sobre a sua intenção de praticar exercícios físicos e tracem juntos o planejamento ideal!

* Com informações do Instituto Oncoguia e Instituto Nacional do Câncer (Inca).