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Dúvidas mais importantes sobre os principais métodos contraceptivos

Dúvidas mais importantes sobre os principais métodos contraceptivos

Quanto mais a nossa sociedade se desenvolve, mais a medicina evolui e novos métodos contraceptivos se consolidam. Atualmente, contamos com diversas possibilidades para evitar gestações indesejadas

Alguns desses contraceptivos também são capazes de nos proteger de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) - além da gravidez, este é outro ponto essencial para a nossa saúde sexual.

Cada vez mais se debate se estes métodos são realmente eficazes e seguros para a saúde. A pílula anticoncepcional, por exemplo, é corriqueiramente colocada em discussão sobre seus possíveis contras e efeitos colaterais.

Para sanarmos dúvidas sobre esse assunto e conversamos sobre as melhores alternativas contraceptivas, pontuo abaixo os principais detalhes dos métodos anticoncepcionais mais comuns e difundidos no Brasil. 


Preservativos: muito além da contracepção.

Disponíveis nas versões feminina e masculina, os preservativos, ou camisinhas, contam com 93 a 97% de eficácia ao impedir a fecundação. Nessa opção, os espermatozoides são barrados pela proteção e não conseguem adentrar o útero e penetrar o óvulo. 

Embora se enquadrem como contraceptivos, as camisinhas consistem na ferramenta mais eficaz contra a maioria das DSTs, como a AIDS, a sífilis e o tão falado por mim HPV. Por isso, mesmo que a mulher já utilize outro recurso para não engravidar, o preservativo deve ser usado em todas as relações sexuais, inclusive entre casais homoafetivos e em relações sem penetração.

Dica: leia atentamente a embalagem do preservativo para fazer o uso correto do produto. Jamais reutilize uma camisinha.

A alta eficácia das pílulas anticoncepcionais.

Podendo atingir 99% de eficácia, as pílulas são o método contraceptivo mais comum em todo o mundo.

Conhecidas comum e simplesmente como "anticoncepcionais", as pílulas são formuladas pela combinação de hormônios - um tipo de estrogênio e de progesterona - ou apenas de um hormônio, uma progesterona, e agem inibindo a ovulação da mulher e o espessamento endometrial necessário a implantação.

É muito importante que a administração das pílulas anticoncepcionais seja feita corretamente, com regularidade e horários assertivos, para garantir a eficiência do método.

Para escolher a melhor opção dentre as pílulas, converse com seu médico ginecologista. Ele irá avaliar suas condições físicas e hormonais adequadamente.

A evolução do implante anticoncepcional. 

Com a funcionalidade bastante similar a das pílulas, o implante é basicamente uma cápsula de hormônios introduzida embaixo da pele da mulher.

Sua duração é muito superior, uma vez que apresenta ação entre 6 meses a 3 anos - a depender do modelo escolhido. Como independe da ingestão oral, costuma ser mais seguro (contra erros de uso).

Este recurso também não previne contra DSTs.

As possibilidades do Dispositivo Intra Uterino.

O conhecido DIU é uma estrutura que conta com eficácia em torno de 99% na contracepção.

Podendo ser revestido de cobre, cobre e prata ou de progesterona, o dispositivo com formato de T é colocado pelo médico dentro do útero da paciente. No órgão, libera as substâncias que bloqueiam a fertilização do óvulo ou sua implantação.

Um dos benefícios do DIU é sua duração, que pode ser de 5 a 10 anos dependendo do tipo de DIU. Também a segurança é maior por não contar com erros de uso.

Assim como as pílulas, o DIU é um recurso bastante proveitoso enquanto anticoncepcional, mas deve ser associado ao uso de preservativos para a prevenção de doenças.

E a pergunta que não quer calar: os métodos contraceptivos têm alguma relação com o câncer?

Os métodos não-hormonais, não: diafragma, preservativos e DIU de cobre e cobre com prata não protegem ou predispõe ao câncer.

No caso dos hormonais, não existe um consenso ou conclusão geral. Alguns estudos apontam que as pílulas podem aumentar em números absolutos os riscos de se desenvolver o câncer de mama; no entanto, é importante frisar que este achado não só confirmou em análise relativa. É muito importante conversar com seu médico, há diversos fatores a serem considerados. Uma segunda pesquisa afirma que os métodos hormonais podem reduzir as chances de desenvolver câncer de intestino em 19%, de endométrio em 34% e de ovários em 33%. A relação de métodos hormonais com o câncer de colo de útero tem sido estudada, alguns trabalhos mostraram aumento da taxa mas é questionado se esse aumento não estaria relacionado ao menor uso do preservativo. Mais estudos são necessários para se estabelecer uma relação certa.

Por isso, a recomendação é a que sempre reforço: consulte o seu médico para encontrar a melhor alternativa para o seu organismo, de acordo com suas condições clínicas, histórico familiar e particularidades. 

Além disso, vale a pena frisar mais uma vez: o uso de preservativos é o que impede que você contraia ou dissemine DSTs. Utilize camisinha em todas as relações sexuais!