Anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 17 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares em todo o mundo. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), por sua vez, aponta que estas patologias são a principal causa de morte no globo.
A boa notícia é que a maior parte dos cuidados com o coração está em nossas mãos.
Sabe-se que os principais fatores de risco para as doenças cardíacas incluem, além das condições hereditárias, a hipertensão, a diabetes, o estresse, o tabagismo, o alcoolismo, o colesterol alto, a obesidade e o sedentarismo.
Isto é, situações das quais temos certo controle e/ou formas de combatê-las.
Todos estes hábitos e complicações de saúde podem acarretar no que chamamos de "doença do coração", termo que, na verdade, engloba as diversas enfermidades cardíacas.
Nesse sentido, o problema mais comum é a doença arterial coronariana.
Nessa doença, o acúmulo de placas de gordura faz com que as artérias coronárias (que irrigam o coração) se estreitem, limitando o fluxo sanguíneo e podendo causar o infarto - o problema cardíaco mais popular de todos, que geralmente é consequência de alguma outra situação no coração.
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o infarto lidera a causa das mortes das cerca de 300 mil vítimas anuais de doenças cardíacas.
Ou seja, muitos quadros das enfermidades do coração, em grande parte por descuido com os hábitos de saúde do paciente, evoluem para o infarto, que muitas vezes pode ser letal.
Mas, afinal, como podemos cuidar da saúde do coração?
Como disse no início, precisamos agir incisivamente contra os fatores de risco da doença do coração, principalmente nos casos em que há histórico familiar desta. De uma forma geral, os cuidados compreendem:
- Combater o tabagismo e o alcoolismo;
- manter o peso corporal adequado à estatura e idade;
- alimentar-se bem não somente para manter o peso, mas para ingerir todos os nutrientes necessários à saúde;
- ainda sobre nutrição, seguir uma dieta que traga benefícios aos índices de colesterol do organismo, sobretudo nos quadros de desequilíbrio;
- no mesmo sentido, estar atento ao seu quadro de diabetes e as taxas de açúcar no sangue;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- fazer o controle da pressão arterial, seguindo adequadamente a medicação receitada pelo médico, casa haja;
- reservar um tempo na rotina para as atividades de lazer, relaxamento e prazer, pois o bem-estar da mente é também essencial.
Você pode perceber que todos estes pontos refletem no que acabei de citar: o bem-estar. Uma vida em equilíbrio entre mente e corpo, com amor por si mesmo nas escolhas alimentares e de hábitos de vida, é a principal forma de proteger o coração.
Vale lembrar que o acompanhamento médico dos quadros de saúde que colocam a saúde cardíaca em risco - como a diabetes e a hipertensão, por exemplo - não pode ser negligenciado.
E, assim como a medicação prescrita, os deveres em relação às atividades físicas e alimentação precisam ser seguidos à risca!
Em muitos casos, os problemas cardiovasculares podem ser silenciosos e/ou parecer repentinos. Porém, quando nos dedicamos a nós mesmos e observamos os sinais de nosso corpo, fica muito mais fácil prevenir possíveis surpresas.
Nunca se esqueça de que o médico é quem deve receitar e aconselhar você a respeito de remédios, práticas e métodos para cuidar do coração!
Por isso, procure um cardiologista e realize exames periodicamente.