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Comum, mas pouco debatido, câncer de intestino é tratável e curável

Comum, mas pouco debatido, câncer de intestino é tratável e curável

Embora seja menos comentado que outros tipos da doença, o câncer de intestino é muito comum no Brasil. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), de acordo com dados de 2016, são cerca de 35 mil novos casos diagnosticados ao ano.

Entre as mulheres, esse é o segundo tipo de câncer mais comum.

De uma forma geral, o câncer de intestino não apresenta sintomas claros nas fases iniciais. Porém, como a doença ocorre em 90% dos casos entre pessoas com mais de 50 anos, recomenda-se a prevenção a partir dessa faixa etária.

Em estágios mais avançados, as lesões malignas do intestino grosso - que podem ocorrer no cólon ou reto - podem trazer sintomas como constipação ou diarreia, anemia, fraqueza, cólica abdominal, sensação de evacuação incompleta, sangramento pelo reto e emagrecimento.

Ao enfrentar esses sintomas, é preciso procurar o médico com urgência.

Felizmente, este é um tipo da doença considerado tratável e, na maioria dos casos, curável. Como se origina geralmente por pólipos, isto é, por lesões inicialmente benignas na região do intestino, a detecção precoce é muito importante para um bom e eficaz tratamento. Semelhante ao assunto que tanto falo, que é o câncer de colo de útero, o câncer de intestino pode ser prevenível desde que sejam realizados os exames de rastreamento adequados na época correta.

Como é frequente no combate aos tumores malignos, diversas técnicas podem ser administradas ao se tratar o câncer de intestino grosso. 

A intervenção cirúrgica é uma delas, sendo aplicada no início do tratamento de quase todos os quadros. O objetivo é que a cirurgia retire as partes afetadas do intestino, bem como os gânglios linfáticos. Além disso, normalmente a quimioterapia tem um papel fundamental tanto no tratamento curativo, quanto no paliativo, e a radioterapia pode ser utilizada em tumores da parte final do intestino grosso, a exemplo do reto.

Além dessas medidas, é claro, é possível e essencial prevenir-se! 

Pessoas com casos de câncer de intestino na família, via de regra, devem seguir uma rotina médica assídua, com exames como a colonoscopia, a partir dos 40 anos ou 10 anos antes da idade que o familiar apresentou o tumor. Assim também deve ser entre pessoas que já tiveram câncer em outros locais do corpo.

É importante salientar que existem duas síndromes genéticas altamente relacionadas com o câncer de intestino: a polipose adenomatosa familiar, que está associada aos tumores intestinais em pacientes jovens, e a síndrome de Lynch. Se você tem história de câncer de intestino na sua família, converse com seu médico sobre a necessidade de investigar essas síndromes e a melhor abordagem de prevenção.

Diversos hábitos de saúde também interferem na prevenção contra tumores intestinais: peso corporal adequado à idade e estatura, alimentação saudável (rica em fibras, principalmente), atividades físicas regulares e o fim do tabagismo são os principais fatores!

Muitos estudos, em concordância com a OMS (Organização Mundial de Saúde), apontam também uma relação entre o consumo de carnes processadas, como salame, bacon e salsicha, e o consumo excessivo de carne vermelha (acima de 500g por semana) ao desenvolvimento do câncer de intestino. 

Por isso, é muito importante ficar de olho no que - e no quanto - se come!

Apesar de ser envolto a tabus e muitas vezes não ser encarado com a devida seriedade, o câncer de intestino exige atenção. Vale lembrar que é um tipo de câncer que possui tanto prevenção primária e secundária quanto tratamento bastante eficazes, mesmo em alguns casos que já apresentam metástases a chance de cura existe.

Sempre que necessário, converse com seu médico de confiança! Na presença de dores, desconfortos e anormalidades, informe-o assim que possível.