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Como o corpo feminino se comunica através da menstruação

Como o corpo feminino se comunica através da menstruação

Como sempre conversamos por aqui, o nosso corpo "fala". Mas, no lugar de palavras, ele dá sinais através de sintomas e alterações que indicam que algo não está bem ou, pelo menos, merece maior atenção.

Uma das formas que o corpo feminino se comunica é por meio da menstruação.

Ou seja, anormalidades no ciclo menstrual, como em sua duração, aspecto e intensidade, por exemplo, podem indicar que outras funções, órgãos ou sistemas do organismo podem estar prejudicados, além de estarem ligadas a possíveis doenças, como alguns tipos de câncer.

Mas, antes de falarmos sobre estes sintomas, vamos entender o que é, de fato, a menstruação.

Mensalmente, quando não há a fecundação, isto é, quando a mulher não engravida, a camada interior do útero, chamada de endométrio, descama-se. O desprendimento desse fluído chama-se, portanto, menstruação. 

O ciclo menstrual, como é denominado todo o processo de formação e descamação do endométrio, bem como as demais alterações hormonais deste período, dura em média 28 dias (podendo variar entre 24 e 35 dias).

O sangramento em si tem duração de 4 a 6 dias e, embora seja difícil medir caso a caso, o fluído desprendido durante este período é de cerca de 30ml, podendo variar de 30 a 80ml. 

Importante enfatizar: essas informações são uma média da maioria das mulheres, pode haver alterações de duração e quantidade que não querem necessariamente significar problemas. A mudança do padrão (quantidade ou duração) do que você estava acostumada deve chamar mais a atenção do que esses valores isolados.

Lembro também que nos extremos da vida reprodutiva- nos primeiros anos da primeira menstruação e próximo a menopausa- podem haver alterações do ciclo menstrual também que não são patológicas.

O fluxo intenso, com grande vazão, sobretudo quando ocorre de forma repentina, costuma estar ligado a alterações hormonais ou uterinas. Este é um sintoma muito comum em casos de lesões benignas (como os miomas) e pólipos endometriais, mas também pode indicar o desenvolvimento de cânceres ginecológicos.

Sangramentos anormais, como costumamos englobar estas alterações, podem ser sinais de câncer de colo de útero e do câncer de endométrio, ambos intimamente relacionados à região uterina. 

Além do sangramento acima da média, é importante atentar-se ao sangramento entre os períodos menstruais (quando a mulher não deveria menstruar), além da presença de sangue durante e após as relações sexuais.

É importante frisar que não necessariamente a mulher experimentará dores e outros sintomas, como o inchaço pélvico, por exemplo, que indiquem a presença de um câncer. Mas é bastante provável que haja mais de um sintoma presente, a exemplo das cólicas intensas.

Por isso, no caso de um sangramento anormal, é importante pesquisar sua origem.

Outro detalhe que devemos entender é que estes sintomas nem sempre são menstruais, especificamente. Isto é, podem configurar hemorragias ou sangramentos de outras origens - por isso, inclusive, a necessidade de assistência médica.

Felizmente, alterações menstruais, incluindo algumas não citadas, como ciclos desregulados e pausas repentinas, na maioria das vezes não são indicativos de câncer. Questões hormonais, alterações e condições alimentares, anemias e até mesmo o estresse podem atribular o ciclo menstrual.

A endometriose, por exemplo, é uma doença muito comum - que atinge 6 milhões de brasileiras - que também impacta a menstruação e habitualmente provoca cólicas bastante dolorosas.

Para um diagnóstico assertivo, procure a ajuda de um médico especialista assim que identificar quaisquer mudanças em sua menstruação. 

As consultas periódicas, onde há a coleta do exame papanicolau, também são extremamente importantes para monitorar as condições menstruais e demais desdobramentos desta, ok? Fique de olho!