Quando o assunto é câncer, um dos tópicos mais comentados é a relação da alimentação com a doença.
Isto é, como a alimentação pode prevenir ou até mesmo ocasionar o câncer.
Atualmente, a Nutrição e a Medicina orientam diversos hábitos saudáveis relacionados à ingestão de determinados alimentos, bem como recomenda a exclusão de muitos outros. Mas, antes de vermos estes pontos, gostaria de falar sobre alguns mitos.
O primeiro e mais importante dele é: não existem alimentos milagrosos.
Ou seja, não há como promover a cura do câncer somente por meio da ingestão de certos alimentos ou receitas.
Porém, isso não significa que o paciente oncológico não deva seguir uma dieta equilibrada e nutritiva. Muito pelo contrário, a nutrição adequada é essencial no combate ao câncer. No entanto, este é mais um dos passos do tratamento.
Também não existe uma fórmula certa de prevenção ou desenvolvimento do câncer.
Isso quer dizer que evitar ou não alimentos prejudiciais à saúde, ou seguir ou não uma alimentação balanceada, não determina com precisão a prevenção ou desenvolvimento da doença.
O que fazemos é, por meio de bons hábitos de saúde, aumentar as chances de não desenvolver lesões malignas, ou até mesmo ter melhores condições para combatê-las.
O consumo regular de vegetais, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas, por exemplo, fortalece as defesas do corpo e auxilia no bom funcionamento do intestino.
Dessa forma, como pontua o Inca (Instituto Nacional do Câncer), os alimentos de origem vegetal ajudam a inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e também a consertar o DNA danificado quando a lesão já começou.
E aí vem a primeira dica: o ideal é consumirmos, no mínimo, cinco porções de vegetais por dia (cerca de 400g).
É importante atentar-se também para a variedade dos vegetais consumidos. Procure ir além do arroz com feijão e experimentar as tantas opções que temos de folhas, frutas, sementes e legumes à nossa disposição. Além de nutrir e proteger o seu corpo, o seu paladar irá agradecer!
Paralelo ao maior consumo de vegetais, é preciso reduzir o consumo de carne, principalmente a vermelha.
Recomenda-se que o prato das principais refeições, sobretudo o do almoço, seja composto ⅔ de vegetais e ⅓ de carne. Semanalmente, não é indicado ingerir mais 500g de carne vermelha.
Quando falamos de ultraprocessados, as recomendações ficam mais restritivas.
Carnes embutidas e processadas industrialmente, como presuntos, salames e linguiças, por exemplo, devem ser evitadas ao máximo em nossa alimentação. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), estes alimentos são classificados como "um fator de risco certo para o câncer".
Da mesma forma, ultraprocessados que não sejam carnes, como bolachas, congelados, chocolates, refrigerantes e salgadinhos, além de alimentos ricos em sal (sódio), gorduras e açúcares, também devem estar fora de uma dieta saudável.
Vale lembrar que uma alimentação livre de alimentos "nocivos" e rica em nutrientes ajuda na manutenção do peso adequado.
Como sempre conversamos por aqui, a obesidade e/ou excesso de peso são fatores de risco para diversos tipos de câncer, incluindo os ginecológicos e gastrointestinais. Por isso, estar de olho no peso e no percentual de gordura corporal é também crucial.
Particularmente, gosto de pensar no proveito de cada refeição.
Diversos alimentos, principalmente os industrializados, podem ter até um sabor - artificial, na maioria das vezes - que agrada e vicia o nosso paladar. Mas o que eles agregam à saúde? Quais os nutrientes que um refrigerante possui? Quão nutritiva é uma lasanha congelada? Como posso me nutrir com um macarrão instantâneo?
Comer de verdade não é apenas ingerir algo.
Alimentar-se é a soma de sabor, equilíbrio e nutrição, e devemos sempre nos lembrar disso ao fazer escolhas! Quando você opta apenas pela praticidade ou pelo prazer momentâneo de substâncias como o açúcar, por exemplo, você deixa de lado atributos essenciais ao seu organismo.
Pense nisso!